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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Bolsonaro disse NÃO para Temer*

Por Ana Mônica Jaremenko*

Nesse 02 ago. 2017, após quase um ano do impeachment da ex-Presidente Dilma Rousseff, a Câmara dos Deputados está mais uma vez votando a possibilidade ou não de um impeachment, desta vez de seu sucessor, Michel Temer. O Deputado Federal Jair Messias Bolsonaro (PSC/RJ) votou pela admissibilidade do processo contra Temer. Se o NÃO tivesse prosperado nessa situação, logo, logo teríamos a terrível possibilidade de ver PT et Caterva novamente no Planalto.

Na melhor das hipóteses e cheio de "boas intenções", Bolsonaro não pensou nas consequências de seu voto, levando em consideração apenas o juízo de valor em relação à denúncia contra Temer. Mas, como diz o ditado popular, "de boas intenções, o inferno está cheio". Ao declarar seu voto, Bolsonaro disse que "para ser uma nação decente, o Brasil precisa de um Presidente honesto, cristão e patriota". Concordo com ele até aqui. Ponto.

Ao justificar seu voto, ele argumenta que temos que "mudar até acertar". Ora, Bolsonaro, o momento da mudança já está marcado - Eleições 2018! Tudo que for antes disso, sem o fundamento constitucional, é GOLPE! Pensei que você pensava assim também. O SIM não livra Temer do devido processo legal. Terminado seu mandato, em 2019 ele será julgado pelos atos que lhe forem justamente atribuídos.


Me preocupa a leitura nas entrelinhas que faço desse voto de Bolsonaro. Tenho a impressão de que ele tem aprendido uma lição muito bem, tem sido um excelente aluno de Marketing Político. Tem lidado bem com as câmeras e com os microfones, e melhorado sua eloquência. Contudo, parece que está aderindo ao hipócrita "politicamente correto", buscando a aprovação das "massas", que, segundo Percival Puggina, é "inimiga da democracia". Tem tentado também fazer com que a "media bias" se converta à sua candidatura. Pura ilusão, isso não vai acontecer, a "media bias" está fechada com a agenda comunista.

Bolsonaro também disse que "não existe salvador da pátria" e concordo com ele nisso também. Enquanto não surge outro candidato que me convença, Bolsonaro continua sendo minha opção para 2018, apesar de algumas decisões, no mínimo, equivocadas e esse NÃO foi uma delas. Agora, se surgir um candidato realmente CONSERVADOR, eu mudo meu voto sem pestanejar. E acho que muita gente fará o mesmo.

Ratifico o que o próprio Bolsonaro disse: "o Brasil precisa de um Presidente honesto, cristão e patriota". Sim, o Brasil precisa de cidadãos que realmente amem o Brasil e não seus próprios egos e projetos pessoais de poder.

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Veredas antigas, o bom caminho e o conservadorismo na política*

Por Ana Mônica Jaremenko*

Já há alguns dias, tenho sido lembrada pelo Espírito Santo do que está escrito em Jeremias 06:16-18. Também me veio à memória o eu ter participado, no final dos anos 90 (não me lembro bem da data exata), de um seminário da FFI - Family Foundations International sobre Família e Veredas Antigas. Foi uma das melhores coisas que fiz em minha vida.

Faço aqui um paralelo entre as "veredas antigas" citadas nessa passagem bíblica com o conservadorismo. Para mim, na política, o conservadorismo se equipara ao "bom caminho", o caminho seguro e próspero.

Nessa passagem, o Senhor alerta ao povo, através do Profeta, para que parem de caminhar na direção que estavam indo, que modifiquem a direção e voltem para o caminho seguro. Mas, o povo se rebela, diz não, faz ouvidos moucos, ignora o conselho divino.

Na passagem bíblica, a Palavra é dirigida a TODAS as nações. E, como Palavra de Deus, ela é e está viva e é válida para os dias atuais. E as consequências de não ouvi-la e obedecê-la são desastrosas para o povo, tanto naquela época como hoje.

Um exemplo disso é o que está acontecendo na️ Venezuela. O povo escolheu o bolivarianismo e o chavismo. Infelizmente, estão colhendo os frutos do que plantaram. Hoje, temos que nos unir em orações e em ações ao povo venezuelano que não suporta mais tanta opressão por parte de seus (des)governantes.

Alguns tentam implantar definitivamente o comunismo no ️Brasil e no resto da América Latina. NÃO PODEMOS DEIXAR QUE ISSO ACONTEÇA! Estão tentando concretizar um sonho (pesadelo) deles, de ver criada a URSAL - União das Repúblicas Socialistas da América Latina, assim como houve um dia a URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Esse é um PERIGO IMINENTE! Temos que nos colocar em alerta constante.

Não podemos "brincar" de política ou sermos levianos e negligentes com relação a este assunto. Não podemos usar das redes sociais somente para "desopilar o fígado" ou para fazermos comentários jocosos ou deseducados, deselegantes, com o argumento de que se a pessoa está nas redes sociais, então tem que se sujeitar aos maus tratos. Temos que ter mais responsabilidade com nossas vidas, nossas famílias, com o presente e futuro das nações, enquanto Jesus não volta.

Estou fazendo o que está ao meu alcance. Tenho me empenhado em falar a verdade, em informar corretamente e em ensinar o que é: política, conservadorismo, socialismo, comunismo, direita, esquerda, e por aí vai. E conclamo a todos a abraçarem esta causa.

Criei o blog Simplemente Fedora e a Biblioteca Sobre Conservadorismo para serem fontes de informação segura, para que as pessoas não tenham a desculpa de dizer que "não sabiam" ou que "não entendiam".

Voltar às veredas antigas significa voltar para Deus, para a Palavra de Deus, para os princípios éticos e morais cristãos, para a família, para as boas práticas de convivência social com verdade e sem o hipócrita "politicamente correto", para as boas práticas políticas e econômicas.

Tenho poucos amigos e seguidores nas redes sociais. E os que tenho, a maioria solicitou amizade. Com poucos eu tomei a iniciativa porque vi que valia a pena que participassem de meu rol de amigos. Normalmente, não excluo ninguém nem rejeito solicitação, exceto se eu desconfiar que seja um "infiltrado" comunista.

Não nutro a ilusão de que minhas ações surtam efeito a longo ou médio prazo, mas alimento a esperança de que, um dia, muitos estejam a trilhar por esse bom caminho.
"Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos. Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta; mas eles dizem: Não escutaremos. Portanto, ouvi, ó nações, e informa-te, ó congregação, do que se fará entre eles! Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras e rejeitam a minha lei."
* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

sábado, 29 de julho de 2017

Família, a pedra no sapato do marxismo*

Por Ricardo Roveran*

Quem acredita que o comunismo acabou com a queda do Muro de Berlim, precisa se atualizar, o que afinal estará então ocorrendo na Coreia do Norte e Cuba?!

O comunismo não acontece do dia para a noite, como um passe de mágica em uma varinha de condão, há um processo de passagem do capitalismo para o comunismo, e o nome desse processo é socialismo. É o que está acontecendo hoje em países nos quais o comunismo ainda não aconteceu, mas que está a caminho, como a Venezuela. O foco hoje será o Canadá.

O objetivo central do comunismo é a extinção da propriedade privada, e para alcançar este objetivo, deixou claro Karl Marx em fevereiro de 1848, no segundo capítulo do “Manifesto do Partido Comunista”, que dez metas deveriam ser concretizadas, e que somente após isto o comunismo aconteceria, a 3ª meta é a “Abolição do direito de herança”, pois o direito de herança é um dos pilares do capital, é como a propriedade privada se perpetua, é como ela se mantém viva e atuante: passando dos pais para os filhos.

Mas como a esquerda pretende abolir o direito de herança, sem informar as pessoas que estarão perdendo este direito? Destruindo a família, pois sem família, sem herança, e sem herança, o capital está mais vulnerável.

A família por sua vez, é formada juridicamente à partir de um casamento, e o casamento é um conceito de 3 pilares: gênero, número, e faixa etária.

No pilar do gênero, entende-se por casamento, homem e mulher, pois apenas um homem e uma mulher podem gerar filhos, e na esfera jurídica, família significa herança, pois família significa geração de filhos.

O pilar do número, é limitação para apenas um homem e uma mulher, pois assim a herança fica discernível, de que pai e mãe parte para qual filho.

Já o pilar da faixa etária, considera a potência de geração, falando a grosso modo, uma criança ainda não pode gerar.

Com estes dados é possível perceber que o direito de herança só existe enquanto a definição jurídica de família for sólida, e que a família juridicamente se forma através do casamento, e o casamento por sua vez tem três pilares, o gênero (macho e fêmea), o número (apenas um de cada), e a idade (que não sejam crianças), e que tais pilares sustentam a geração de filhos.

Espero que o raciocínio esteja claro até aqui, pois agora entraremos no campo da estratégia marxista para atacar o direito de herança: a relativização do conceito de família.

Quando um conceito é relativizado, ele perde seu valor.

Suponha que a fruta “banana”, comece a receber outros nomes, nomes de outras coisas, suponha que ela agora passe a se chamar também “pastel”, “laranja”, e “alface”. À primeira vista, é algo aparentemente inofensivo, mas agora imagine que sua mãe te peça para ir à feira e comprar uma “laranja”. O que ela quer que você traga? Uma laranja, ou uma banana? É impossível discernir, uma vez que o conceito foi relativizado, pode ser uma coisa, como pode ser outra coisa, como pode ser qualquer coisa que você ainda desconheça.

Agora imagine que o conceito de família tenha sido relativizado, como defender seu direito de herança, se “família” puder significar qualquer coisa indefinida? Será tão impossível neste caso, quanto no anterior, da fruta com diversos nomes.

Para relativizar o conceito de família, a esquerda investe contra seus pilares.

Contra o pilar do gênero, procuram casamento homossexual, através do movimento LGBT.

Contra o pilar do número, investem na poligamia, através de nomes eufemizados como “poliamor”, que é apenas um nome diferente, menos pesado socialmente, para poligamia.

Contra o pilar da faixa etária, defendem a pedofilia, parece absurdo, mas defendem o pedófilo como mero doente mental, perpetuam o sexo entre crianças através da cultura, como o funk, e demais, que sexualizam crianças.

Atacando os três pilares, o casamento, quando não for mais entre um homem e uma mulher, mas sim entre homens, mulheres, crianças, e de qualquer número, podendo ser dois homens, duas mulheres, um adulto e uma criança, ou ainda uma casa cheia de gente transando, indefinidamente, será quando a palavra família se esvaziará completamente de significado, e com isso, o direito de herança poderá ser abolido pelos comunistas.

Está ficando claro até aqui? Isso é de suma importância, pois não se trata de conquistar direitos e defender minorias, mas sim de perder um direito, o direito de herança.

O psicopata do Marx não se deu por satisfeito no “Manifesto do Partido Comunista”, ele explorou os métodos para destruição da família com o palhaço do Friedrich Engels, no livro “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”, publicado em 1884, no qual defende uma sociedade poligâmica (um homem transando com várias mulheres), poliândrica (uma mulher transando com vários homens), e incestuosa (pais transando com os filhos), num modelo que chamou de “horda”, ou seja, a família tal qual conhecemos, sendo substituída pela “horda”; modelo no qual todos são propriedade do estado e ninguém tem direito de herança – recomendo a leitura deste livro.

Uma indiscutível intenção oculta do marxismo é a implantação deste modelo, e para tal, enganam os homossexuais, as crianças, e os tarados de plantão, para que os apoiem, sob a alegação de que seus modelos de casamento sejam reconhecidos juridicamente. Ao reconhecermos estes tipos de união, estaremos abalando o conceito de família, e gradualmente perdendo o direito de herança, até que, no final, percamos também toda e qualquer propriedade privada.

Hoje é possível observar isso de forma gritante nas decisões do esquerdista Justin Trudeau, nas novas leis do Canadá:
  • Lei 13: Escolas públicas obrigadas à realizar alianças com instituições LGBT.
  • Lei C-16: Prisão para quem cometer crimes de ódio contra identidade gênero; na prática significa que se você disser que um gay é gay, você será preso.
  • Lei 28: Remoção dos termos mãe e pai, e possibilitou acordos pré-concepção, ou seja, qualquer um pode ser pai ou mãe, por contrato prévio, sem organização familiar.
  • Lei 77: Menores de idade com crise de identidade sexual, só podem ser tratados psicologicamente pelo estado, proibindo o tratamento particular.
  • Lei 89: Pais que se opuserem à ideologia de gênero perderão a guarda dos filhos, que serão adotados por quem o estado determinar.
O que está havendo no Canadá, é uma curva violenta em direção ao comunismo. A destruição da família está em curso, os comunistas estão batendo forte na esfera social, num socialismo intenso.

Espero que o raciocínio que ofereci, seja útil para discernir as verdadeiras intenções por trás das alegações de “combate à homofobia”, e bandeiras sempre levantadas pela esquerda.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Eu sou a menina que rouba livros*

Por Ana Mônica Jaremenko*

Há exatos 48 dias sem publicar aqui no blog, hoje volto com essa história que tem tudo a ver com o que tenho feito desde então.

Por causa de problemas de saúde, tendo que fazer certas escolhas para não prejudicar meu físico. Então, tenho me dedicado a alimentar a Biblioteca Sobre Conservadorismo. Tenho me sentido a verdadeira Liesel Meminger (A menina que roubava livros, de Marcus Frank Zusac).

Comecei a Biblioteca Sobre Conservadorismo a partir de um artigo de Olavo de Carvalho, onde ele indica cerca de 40 autores que deveriam ser estudados em nossas universidades mas que não o são por causa da doutrinação comunista em nosso país. Hoje, são mais de 1.700 obras, de mais de 400 autores, tendo cerca de 50% dessas obras digitalizadas e disponibilizadas para leitura online gratuitamente!

E como disponibilizar tanta literatura online diante dos direitos autorais? Desde já, esclareço que sou a favor dos direitos autorais. Mas, diante do perigo do comunismo que tem se instalado em nosso país, se espalhado pelo mundo como rastilho de pólvora, resolvi que, se eu mesma tenho acesso a certos livros na internet, estes podem estar acessíveis a todos, sem restrição.

Clique AQUI para leitura online.
É por isso que estou me comparando à personagem do livro de Zusac. E o ambiente também é semelhante. Assim como Liesel, estamos em meio a uma guerra ideológica que compromete o futuro de nossas famílias, de toda a nação. Assim como na história, o comunismo é o grande inimigo da humanidade e devemos combatê-lo com tudo que estiver ao nosso alcance.

E eu tenho dito que a melhor e mais eficaz arma contra o comunismo (apesar de seus resultados demorarem a serem percebidos) é o conhecimento, a informação. E a leitura é uma forma de cada um se preparar nessa guerra inevitável, pois já estamos nela e muitos ainda não perceberam.

Quando encontro algum texto na internet, que têm a ver com a Biblioteca Sobre Conservadorismo, logo busco uma maneira de colocá-lo à disposição dos leitores. Agora, descobri uma ferramenta que possibilita eu mesma editar e digitalizar livros, qualquer um. Aprendi até a editar em HTML sozinha! Considero isso um dom de Deus.

É assim que tenho feito minha parte, certa de que Deus tem um propósito para mim, um motivo para eu estar em casa disponível, mesmo que limitadamente, nas redes sociais.

A missão da Biblioteca Sobre Conservadorismo é difundir os princípios cristãos, a alta cultura e o conservadorismo político.

Tenho uma visão - a redenção da humanidade através de Jesus Cristo, o mundo livre do comunismo.

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

quinta-feira, 8 de junho de 2017

União Europeia e o multiculturalismo na construção do poder global*

Por Crístian Derosa*

Richard Nikolaus Graf Coudenhove-Kalergi
16 nov. 1894 - 27 jul. 1972
Em 1922, Richard Coudenhove Kalergi criou o movimento “Pan-Europeu”, uma das origens da versão europeia da Nova Ordem Mundial. Ele foi o iniciador das ideias de “integração da Europa”, embrião da União Europeia e do que hoje chamamos de multiculturalismo. Após a publicação de seu Manifesto Pan-Europeu, e graças aos seus contatos pelo mundo da diplomacia, Kalergi teve ajuda dos maiores intelectuais e banqueiros do mundo. Entre seus objetivos estava a unificação das raças do mundo em uma única etnia, o que possibilitaria o controle mundial a partir de uma única autoridade.

Hoje muitas de suas ideias aparecem sob disfarces retóricos como o ambientalismo, o feminismo e demais ideologias. O controle populacional sempre esteve entre os muitos objetivos da elite global. Mas se trata de um controle seletivo, pois implica em um projeto de seleção artificial. “Uma população crescente significa maior pressão ambiental. A solução poderia estar nos direitos das mulheres”, diz Jessica Prois, em artigo para o site do Laboratório de Demografia e Estudos Populacionais da Universidade de Juiz de Fora (RJ). O disfarce feminista utiliza, hoje, de uma retórica ambiental. Mas mesmo o feminismo faz parte de outra sub-retórica muito anterior: o plano de integrar povos tão diversos e de crenças, costumes, tão díspares que só uma autoridade central poderia arbitrar seus inevitáveis conflitos.

A crença de fundo está no evolucionismo ou darwinismo social, baseado na ideia de uma involução ou degradação da raça humana por meio da miscigenação, algo contra o qual os movimentos nacionalistas europeus da metade do século tentaram se contrapor. De fato, o movimento de Kalergi silenciou-se após o advento dos violentos regimes fascistas e nazistas. Resistência um tanto quanto desastrada aos movimentos pan-europeus, o nazismo acabou por servir aos planos globais ao criar um arquétipo nacionalista negativo e possibilitar a criminalização ou ao menos a demonização pública de qualquer resistência ao multiculturalismo. Tendo testemunhado a destruição causada pelos rampantes nacionalismos da Alemanha e da Itália, os vitoriosos aliados começaram a buscar uma solução de longa data para impedir que tal desastre ocorresse novamente.

A ideologia do multiculturalismo, no entanto, é imposta a todos os países conjuntamente com as ideologias legitimadoras de determinados povos, tendo-os como vítimas de catástrofes históricas, clamando a necessidade de uma reparação social que acaba por povos contra povos, gerando um permanente conflito. Essa relação conflituosa se torna o paradigma da diversidade e só um governo ou autoridade central pode, do alto de seu arbítrio político, controlar os estímulos positivos e negativos que controlariam a dinâmica eterna entre paz e guerra.

A ideologia do pacifismo nada mais é do que o controle de onde e quando será a guerra. De quem contra quem será o conflito, quando necessário ou inevitável. O controle e o monopólio da violência e das armas é um passo importante, na visão dos centralistas globais, para o avanço da utopia administrativa, da gestão total e da governança. O upgrade da política está no conceito de governança, que pode ser resumido como sendo a arte de governar governos, o que só pode ser feito em uma perspectiva centralista e global.

A utopia da criação de uma única raça, criada politicamente por meio do controle de natalidade seletivo e de programas de política migratórias, só será possível com o suporte de uma ideologia integradora que torne o multiculturalismo um valor absoluto, onde não há espaço para o contraditório ou a diversidade. Paradoxalmente, o multiculturalismo é a ideologia da uniformização global, generalização dos conflitos e das arbitragens centrais.

No entanto, não é preciso acreditar em um tipo de inferioridade racial, já que o aparato global construído por essa nova ordem, já incapacita aos poucos os indivíduos para o julgamento do que é liberdade ou escravidão. Escravizam-se voluntariamente acreditando lutarem por liberdade.

O funcionamento do sistema global

O pacifismo (controle da guerra) só pode ser possível após o controle dos elementos que causam ou atenuam conflitos, como o controle dos recursos e territórios (ambientalismo) e a reprodução humana (feminismo, ideologia de gênero). Para isso, é necessário construir um sistema de fundamentação e justificativas, que não pode vir a funcionar sem o suporte de toda uma classe científica crente nas mesmas utopias. Do mesmo modo, o suporte de uma burocracia que filtre os acessos e controle as ações só pode existir tendo à mando uma elite política submetida a um sistema de credibilidade científica e intelectual. A classe intelectual, por fim, é gerada e alimentada por todo o sistema de favorecimentos baseados em crenças que podem ser absolutamente irracionais, já que toda a população obedecerá aos sentimentos de benevolência como critério de normalidade e sanidade, enquanto os maiores absurdos vão se tornando regras e ditames morais. Os intelectuais serão cada vez mais relativistas e imorais e, por este motivo, defenderão com unhas e dentes as utopias mais irracionais, desde que sirvam para o deleite de suas realizações psíquicas e emocionais, o que se torna critério máximo de felicidade.

Conservador que dorme a onda leva*

Por Rafael C. Libardi*

A Democracia é um equilíbrio de poderes que, em termos físicos, poderia ser traduzida mais ou menos como a Terceira Lei de Newton: os poderes forçam e são forçados. As leis promulgadas pelo Legislativo servem de baliza para o Judiciário e Executivo; os atos deste recaem sobre os outros dois, e assim segue a balança democrática. Mas o que vemos hoje no Brasil é justamente o inverso desse equilíbrio, com os três poderes coexistindo numa completa desarmonia, ou melhor, em uma harmonia submetida não a si mesma, mas a um quarto e externo poder, superior à própria Democracia. Logo, Democracia não há.

Assim é que, nesse descompasso, para que houvesse a substituição do mecanismo defeituoso, precisaria haver ainda um quinto poder para que os outros 4 fossem interrompidos, uma vez que o mecanismo está corrompido por inteiro. Ocorre que essa força alternativa é praticamente inexistente no país, porque a única força organizada, ainda que cambaleante, é precisamente a que descalibrou a balança, a saber: o eixo PT-PMDB-PSDB.

Não há organizações conservadoras expressivas. Não há mídia conservadora de grande circulação. Não há partidos conservadores disputando eleições. Não há liderança conservadora organizada dentro dos muros das Igrejas. Não há nada que pudesse substituir o mecanismo defeituoso de imediato. As únicas forças potenciais talvez fossem a família Bolsonaro e a Casa Imperial, mas ambas estão atrasadas em uns bons anos porque não construíram bases políticas que as possibilitassem intervir, imediatamente, no conserto.

Ora, Dilma foi expelida da presidência e o cetro não foi passado ao povo. Temer caminha para a mesma cova e não há registro de que o trono vá receber as nádegas populares. Enquanto isso, a Lava Jato emporcalha um pouco mais a velha carcaça política. Que restará nesse cemitério republicano? A meu ver, duas ossadas: a de Ciro e Marina – e mais a do PSOL. Dar-se-á, portanto, o que se deu na Itália pós Mãos Limpas: de 945 cadeiras do Congresso, 324 foram ocupadas pela antiga esquerda, cuja união gravitou em cima de um esquerdismo repaginado. Das demais, quase todas ficaram com a frente formada por Berlusconi que, dadas as devidas velhacarias, despontara como alternativa para recalibrar a balança italiana.

A conclusão possível é que o Brasil não tem uma solução a curto prazo, porque a única saída seria o Exército bater à porta da Casa Imperial para devolver a nação: “Boa tarde, por obséquio, o Príncipe de Orleans e Bragança se encontra? Viemos restituir o que tomamos”. A chance é remota, evidentemente, então resta-nos apenas clamar pela Divina Providência enquanto tomamos vergonha na cara para fazer aquilo que deveríamos ter feito três décadas atrás: ressuscitar a alta cultura no país. Sim, Olavo tem razão.

terça-feira, 6 de junho de 2017

O calote inevitável da Previdência*

Por Stephen Kanitz*

A Reforma da Previdência deveria ter ocorrido 30 anos atrás, mas nada foi feito.

No Governo FHC, Fernando Henrique Cardoso pediu ao economista André Lara Resende propor uma reforma copiando a solução chilena.

Ele voltou dizendo que nosso rombo da previdência (já) era impagável (em 1998), portanto nada feito, o jeito era ficar quieto e continuar a mentir para a população.

Deixaram o pepino para o Lula, e sobre isso já escrevi.

Rombo impagável é IMPAGÁVEL, minha gente.

Vocês podem não entender de Administração Responsável de Nações, mas deveriam entender de um bom português.

Não há como pagar os atuais aposentados, ponto final.

Muito menos os que pretendem se aposentar nos anos que vêm.

O calote vem aí, não por má fé, mas por falta de grana.

Tudo que vocês depositaram para suas futuras aposentadorias foi gasto saldando deficit dos governos.

Não é culpa da nova geração que nossos jornalistas econômicos esconderam isso o tempo todo.

Os economistas, são sempre eles, como Maílson da Nóbrega, Pedro Malan, Guido Mantega, Nelson Barbosa, Joaquim Levy, simplesmente usaram sua grana na surdina para cobrir deficit do governo, inclusive o da previdência.

O MBL, o movimento da nova geração, propõe uma reforma que eu achei mais do que generosa.

Eles propõem garantir uma renda mínima para todos os aposentados que foram lesados por estes famosos economistas.

Não precisavam, mas o fizeram a um enorme sacrifício geracional.

Minha geração calhorda deveria ter lhes deixado um legado, e não uma dívida atuarial.

Só isso já merecia o apoio de vocês, velhos bobos e lesados.

O resto do plano coloca as bases sólidas para o futuro.

Assistam o Kim, que dará maiores detalhes.

Apoiem, porque senão tem coisa pior vindo por aí.



quarta-feira, 31 de maio de 2017

Por que o marxismo odeia o Cristianismo*

Por Eguinaldo Hélio Souza*

O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê­lo, então terá que matá-­lo. Sempre foi assim e sempre será assim.

E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?

As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as respostas para todos os problemas.

Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário. O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo paradisíaco que brotaria de suas profecias.

E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos cristãos, inverteu tais pressupostos tornando­-se uma heresia anticristã.

No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o proletariado, que através da ditadura de um Estado "redentor" conduziria o mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em harmonia. Está é a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas crenças igualmente salvadoras não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real.

Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:
"O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a re-apropriação real da essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta entre existência e essência, entre objetivação e auto­-afirmação, entre liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da história e sabe que há de ser esta solução."
E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade além desta realidade, seu "paraíso" deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou a salvação através da morte e ressurreição de Cristo. Não pode haver outra visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável.

Esta é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não permite concorrência.

David H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução maoísta (comunista) na China. Ele era um missionário britânico e pode ver bem de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu:
"(…) a fé cristã e o comunismo são ideologicamente incompatíveis. Assim, quando alguém chega a uma crise vital de decisão entre os dois, é inevitavelmente uma questão de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado pessoalmente o que é viver sob um sistema político com uma filosofia básica diametralmente oposta à fé cristã."
Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. "… para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há" (Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em política real, apenas seguiu seu guru:
"A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária."
Assim foi na China, na Rússia, na Coreia do Norte e onde quer que a fé marxista tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar­se da espada, então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua cartilha.

Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um acidente de percurso. É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo, manifestando­se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e, portanto, as conseqüências serão as mesmas.

Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a pouco pelo monóxido de carbono marxista.

Será que confirmaremos a máxima de Hegel, que afirmou que a "história ensina que não se aprende nada com ela"?

Marxismo-Cristão: uma contradição alarmante*

Por Thiago Oliveira*

1. Para Início de Conversa

Esse é o tipo de texto que me deixa feliz ao escrever, pois tratarei de campos do saber que muito me agradam discutir e que fazem parte da minha formação acadêmica. Com graduação em História e especializado em Ciência Política, conheço e estudei o marxismo sob a ótica de diversos teóricos favoráveis e contrários às ideias difundidas por Karl Marx - esta figura controversa. Sou da opinião de que algo da sua leitura acerca das relações entre empresários e trabalhadores (no contexto da Revolução Industrial) não pode ser totalmente desprezada, no entanto, creio que sua desgraça foi reduzir todo o fluxo da História apenas à questão econômica. Também acredito que ele não conseguiu escapar de algo que tanto atacou: a ideologia. O mais irônico é ter as suas ideias utilizadas como uma religião. A tragédia marxiana foi denunciar o ópio da religiosidade e acabar vendo seus seguidores produzindo uma droga sintética chamada marxismo-leninismo [1].

Como veneno não cura veneno, onde quer que o marxismo-leninismo tenha se instaurado como regime, deixou um rastro de miséria que faz com que os países do leste europeu - que integraram a antiga União Soviética - recebam de muito bom grado as ideias vindas da boca do diabo, mas rechacem todo e qualquer pressuposto que tenha sua raiz no pensamento de Marx. Isto porque em nome do ideal comunista, que envolvem a ditadura do proletariado e a luta de classes, as atrocidades cometidas pelos líderes "revolucionários" se equiparam a de nomes execráveis como Hitler e Bin Laden. O governo de Stalin, por exemplo, foi um dos mais mortais, superando e muito o número elevado de mortes produzido pelo nazismo. Esta mórbida associação entre stalinismo e nazismo é esmiuçada pela filósofa e teórica política Hannah Arendt:
"O único homem pelo qual Hitler sentia 'respeito incondicional1 era 'Stalin, o gênio', e, embora no caso de Stalin e do regime soviético não possamos dispor (e provavelmente nunca venhamos a ter) a riqueza de documentos que encontramos na Alemanha nazista, sabemos, desde o discurso de Khrushchev perante o Vigésimo Congresso do Partido Comunista, que também Stalin só confiava num homem, e que esse homem era Hitler" [2].
Aos que pensam que o totalitarismo foi coisa de Stalin apenas, pesquisem sobre as denúncias de Alexander Solzhenitsyn sobre o governo autocrático de Lenin e vejam a absurda e atual falta de liberdade interna na China e na Coréia do Norte. Como disse Schaeffer, a repressão "é uma parte integrada ao sistema comunista" [3]. Logo, o remédio que o marxismo se dispôs aplicar para curar a enfermidade da sociedade é tão desastroso, que é preferível permanecer doente. Esta é a lógica do paciente quando sabe que as contraindicações medicamentosas são bem piores do que os sintomas da doença.

2. Por que Marxismo e não Socialismo?

Considero que seja bom explicar a adoção do termo marxismo ao invés de falar socialismo (ou comunismo). Faço isso pelo fato do conceito de socialismo ser usado de uma forma tão variada que supera os postulados marxianos. Alguns socialistas, como Crosland, não enxergam o socialismo como sendo um poder antagônico ao capitalismo, mas sim uma forma de aprimorar as condições de trabalho e melhorar a vida dos trabalhadores, mesmo dentro do sistema capitalista. Acaso não é assim que são geridas as sociais-democracias europeias? O sociólogo P. Jaccard afirma em sua obra Histoire sociale du travailque em matéria social, tudo que foi realizado no mundo de língua inglesa, na Suíça, nos Países Baixos, na Escandinávia e na Alemanha, deve-se ao pensamento cristão com pressupostos bíblicos. Corrobora com isso a fala do primeiro-ministro britânico Clement Attle, sucessor de Churchill, que certa feita afirmou ser a Bíblia, e não os escritos de Marx, a base do socialismo britânico. Este socialismo do qual Attle se refere é aquele que após a II Guerra, com o continente europeu arrasado economicamente, introduziu o Estado do bem-estar social com uma economia mista, algo pensado por conservadores e liberais para evitar a influência do marxismo-leninismo.

Para que se tenha a noção da abrangência do termo socialismo, este foi incorporado ao partido nazista alemão. O nome não abreviado do partido liderado por Hitler era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. E, embora seja verdade que pressupostos marxistas estejam presentes no programa de governo do partido alemão, a classificação mais correta da ideologia por detrás do regime hitlerista seria o nacionalismo e não o marxismo. Por isso então decidi utilizar marxismo ao invés de socialismo, contudo faço uma ressalva: todos os partidos intitulados de esquerda no Brasil são marxistas. Na maioria de suas sedes é possível ver os retratos de Marx e Lenin pendurados na parede (faça uma visita e confirme) [4].

Mediante o que foi dito acima, toda crítica feita ao marxismo pode ser entendida como uma crítica à ideologia dos partidos que compõem a esquerda brasileira e que possuem os termos socialista ou comunista em seus nomes. Os apontamentos feitos serão teóricos, mas como toda teoria redunda na prática, caberá ao leitor fazer a devida análise do que aqui será denunciado como anticristão e comparar com as bandeiras levantadas pelos esquerdistas.

3. O Marxismo como uma Religião Herética

Como dito no começo do texto, o marxismo tem características de religião. Uma religião secularizada - é bem verdade - pois tem sua base no materialismo. Marx era estudioso e admirador do materialismo de Epicuro [5]. Este filósofo grego acreditava que o mundo era composto de átomos que do vazio (espaço) se movem verticalmente para baixo. É o desvio do movimento dos átomos que dá origem as coisas. O homem, fruto desse desvio, é um combinado de átomos pesados e leves, que formam respectivamente o corpo e a alma. Os epicuristas entendiam que a alma é mortal e não eterna, uma vez que todo composto atômico é dissolúvel.

Epicuro rejeitava a ideia da eternidade dos corpos celestes, e pretendia livrar os homens das amarras da superstição religiosa. Embora não seja um determinismo, pois o desvio dos átomos aponta para uma gama de possibilidades não determinadas, o atomismo epicureu mantém as suas bases mecanicistas, sendo o homem e toda realidade material fruto da casualidade do movimento atômico. O jovem Marx manteve essa base ontológica para fundamentar o seu materialismo histórico. André Bieler esclarece assim o conceito materialista marxiano: "[...] conforme as suas concepções, é o material que precede e determina o espiritual, e não o contrário, como o ensina a ética cristã" [6].

Se nós somos cristãos e temos os nossos pressupostos baseados na Escritura, logo, não podemos abraçar uma doutrina concorrente ao cristianismo. Ainda mais quando esta corrente enxerga a religião, ou melhor, a metafísica como sendo um produto da opressão, uma vez que os oprimidos a inventaram como um entorpecente que alivia a dor (ópio). A doutrina cristã não foi fabricada. Ela é a revelação de Deus por meio do seu Filho, trazendo boas novas de salvação. Não que ela negue que existam opressores e oprimidos, essa realidade existe e se lermos os profetas, os evangelhos e as cartas apostólicas, veremos que Deus está sempre do lado dos pobres quando os ricos não agem corretamente e tolhem a justiça, devido a sua ganância [7]. Mas isto é muito diferente do que almeja o marxismo.

Marx, junto com Engels, criou uma soteriologia ao anunciar o fim da opressão quando o proletariado se rebelar contra a burguesia e tomar o poder político e econômico, controlando os modos de produção e a máquina estatal. É um enredo religioso-escatológico, pois a sociedade sem classes e sem miséria certamente chegaria (Marx tinha esperanças de ver isso ainda no séc. 19). A certeza deste mundo idílico é fruto de sua tese na luta de classes. Segundo Marx e Engels, toda a história se resume no conflito entre opressores e oprimidos, sendo que este segundo grupo, cansado da exploração acaba fazendo a revolução e subvertendo a ordem vigente. Logo, o governo do proletariado iria dar um basta no capitalismo burguês. O que os marxistas não esperavam é que o capitalismo aliado à democracia cativava mais os trabalhadores do que o ideal revolucionário.

Daí entendemos o porquê do Cristianismo sempre ser perseguido nos regimes marxistas. Primeiro: Para o cristão, as desigualdades e injustiças econômicas são fruto do pecado e o único capaz de curar esse mal é Jesus Cristo. Mas a promessa de um mundo sem dor e sem lágrimas está no porvir (Ap 21.4). Ora, isso frustra os marxistas que pregam o Reino dos Céus na terra, algo que não funcionará enquanto o pecado dominar o coração humano. Tanto as sugestões marxianas como as de qualquer outra ideologia que busque o fim da pobreza não serão bem-sucedidas neste mundo corrompido. Podemos ter uma agenda política que pregue uma melhor distribuição da riqueza nacional, ou o Estado do bem-estar social. Podemos criar programas de microcrédito e de transferência de renda. Podemos ver o incentivo estatal e privado na educação profissionalizante. Seja qual for, como observa Aaron Armstrong, "[...] essas soluções estão tratando os sintomas, não a causa; estão podando os galhos, não desenterrando a raiz. A questão principal por trás da pobreza é o pecado" [8]. Algumas dessas ideias podem até minorar muitos males, mas não acabarão definitivamente com a injustiça e opressão existentes na sociedade.

Segundo: Muitos marxistas colocaram a culpa do fracasso do prognóstico de Marx e Engels [9] nos fundamentos do Cristianismo. Para eles, não é conveniente concorrer com o messianismo cristão. Por isso que homens como Gramsci chegaram a afirmar que o melhor para se chegar ao comunismo (o reino escatológico marxista), necessário seria descristianizar a sociedade. A nova faceta do marxismo foi se infiltrar na cultura e na Academia, desconstruindo os valores e instituições tradicionais da burguesia, das quais se encontram não só o capitalismo, mas a família e a fé cristã [10]. Por isso que o relativismo moral está tão presente na fala e nas atitudes dos defensores do marxismo-leninismo. Se o Cristianismo é firmado em absolutos morais (os mandamentos), uma forma de lutar contra ele é relativizando os conceitos de certo e errado.

Chegamos à clara oposição do método de pensamento cristão e o marxista. O primeiro é antitético e o segundo, dialético [11]. A antítese funciona da seguinte maneira: Se A é verdadeiro, logo A não pode ser falso. Tendo duas alternativas, poderíamos ilustrar assim: A e B, se A é verdadeiro, logo B é falso. Já a síntese vai dizer que a verdade é parcial tanto em A quanto em B, desembocando numa terceira via: C. Não foram poucos os cristãos que caíram nessa rede e até buscaram sintetizar o Evangelho com os pressupostos marxianos, gerando assim uma heresia que tem dominado muitos círculos teológicos [12].

O "canto da seria" que encanta muitos cristãos que se afogaram em mares marxistas é o discurso da dignidade humana. Ora, este discurso coaduna com o que diz a Bíblia. No entanto, Marx tomou emprestado este conceito do cristianismo para engendrar um programa político que atingisse o seu objetivo escatológico. Mas como falar em dignidade humana se não há absolutos morais? Uma ideologia que desconsidera Deus, que assume uma ética relativista e fundamenta-se no materialismo não irá promover uma sociedade mais justa. Pelo contrário! A História serve como testemunha, ou será que precisam surgir outros Stalin’s ou Mao’s para que de uma vez por todas as pessoas enxerguem a face do mal e o abomine?

4. Para Encerrar o Assunto

Creio que mais nítido do que isto não poderia escrever. O marxismo é, como diria Schaeffer, uma heresia cristã; e como tal não pode ser abraçada por quem ama o Evangelho e se pauta no princípio do Sola Scriptura. Na verdade, toda a ideologia acaba sendo idólatra, pois tem o humanismo por fundamento e deifica algum elemento da criação, depositando nele a salvação. Koyzis salienta:
"Assim, cada uma das ideologias tem base numa soteriologia específica, isto é, numa teoria elaborada que promete aos seres humanos o livramento de algum mal fundamental visto como a fonte de uma ampla gama de problemas humanos, entre os quais a tirania, a opressão, a anarquia, a pobreza e assim por diante" [13].
Logo, nenhum cristão deve se identificar com ideologia X ou Y e a ela jurar lealdade. Recentemente vi alguém dizer numa rede social que o capitalismo é de Deus. Claro que não! O liberalismo do início da Revolução Industrial produziu muitas injustiças e feriu a dignidade humana em muitos aspectos. Mas Deus sempre levanta seus profetas para denunciar aquilo que está em desacordo com seus princípios e levanta homens dispostos para trabalhar no socorro dos necessitados. Os irmãos Wesley, apenas para citar um exemplo, fizeram um belo trabalho com os proletários em Londres. Há diversas demandas do capitalismo (liberalismo) que ferem a ordem da criação [14], dando ao homem uma autonomia que ele nunca possuiu.

Sei que muitos de meus irmãos em Cristo que flertam com as ideias marxianas, fazem isso por ingenuidade ou idealismo - o caso dos mais jovens. Tal inocência é resultado da omissão da Igreja em falar sobre política e se posicionar. Uma visão pietista fez o cristianismo recuar na esfera pública e o marxismo-cultural foi ganhando o espaço que encontrou vazio. Quando nossos jovens vão para as universidades, os professores marxistas fazem de tudo para convertê-los a sua cosmovisão. Não são neutros. Logo, a Igreja deveria abandonar a postura da neutralidade e denunciar a inconsistência desta religião idólatra concorrente da Fé Cristã. Oremos para que Deus erga homens corajosos e capacitados para ensinar e fazer política, firmados no crivo bíblico, dando glórias ao SENHOR.

terça-feira, 30 de maio de 2017

O conservadorismo tenta preservar o válido com instrumentos tangíveis*


"Era uma vez..." faz parte das histórias infantis. Mas o que acontece em política quando essa nostalgia de infância sequestra os melhores espíritos?

Esse é o tema do mais importante livro que li até ao momento neste ano. Foi escrito por Mark Lilla e o título é "The Shipwrecked Mind", qualquer coisa como "a mente naufragada".

Mark Lilla é, como dizem os portugueses, "muito lá de casa". O seu "The Reckless Mind", nunca editado no Brasil, é uma análise brilhante sobre o namoro grotesco dos intelectuais com o totalitarismo.

O seu "The Stillborn God", igualmente por editar, é um dos melhores tratados recentes sobre "a grande separação": a forma como política e religião disseram adeus nos alvores da modernidade, permitindo a emergência do Estado secular moderno (e democrático).

E os ensaios de Lilla no "The New York Review of Books" são provavelmente a principal razão por que continuo a ler o jornal.

Mas "The Shipwrecked Mind" é um livro superior, apesar de breve, porque oferece uma chave de leitura sofisticada para entender o pensamento reacionário.

Escreve Lilla que o pensamento revolucionário sempre teve os seus exegetas. Mas a "reação" sempre foi desprezada pelos eruditos.

Um erro. O apelo do "era uma vez..." é hoje mais forte do que nunca. Não apenas porque encontramos várias expressões reacionárias na política moderna - do islã à Europa, sem esquecer os Estados Unidos - mas porque existe uma superioridade teórica da reação sobre a revolução. O revolucionário pode desiludir as esperanças dos crentes. O reacionário, nunca. A nostalgia, escreve Lilla, é irrefutável.

Eis a essência do pensamento reacionário: a crença de que exista um passado - próximo ou distante, pouco importa - em que as misérias do presente (pobreza, insegurança, competição etc.) não existiam.

Isso é válido para políticos como Donald Trump ou Marine Le Pen; mas a grande originalidade de Lilla está em mostrar como a nostalgia do "era uma vez..." formou e deformou vários pensadores "conservadores". Nomes grandes, como Leo Strauss, ou bem pequenos, como Éric Zemmour, sempre procuraram no passado o paraíso perdido - e, no presente, o paraíso reencontrado.

Todos eles comungam essa "mente naufragada": a consciência aguda de que, algures na história, o reto caminho se perdeu. Radicalmente nostálgicos, eles são incapazes de pensar a modernidade, exceto para a condenar. Como Dom Quixote, eles lutam perpetuamente contra "a natureza do tempo".

Citei Dom Quixote porque as melhores páginas do livro pertencem a ele. O Cavaleiro da Triste Figura é o reacionário "par excellence": enlouquecido pelos romances de cavalaria, ele veste a armadura e empunha as armas porque não compreende que o passado é passado.

Dom Quixote é um homem sem ironia. Porque só a ironia - "a armadura dos lúcidos", na feliz expressão de Lilla - permite aos homens acomodar o abismo entre o real e o ideal; entre o que existe e o que deveria existir.

Nos últimos meses, tenho recebido vários e-mails de indignação e repulsa. Motivo? Minhas condenações de Trump ou Le Pen. Como é possível, perguntam os meus ex-leitores, ser conservador e não tolerar essas duas tristes figuras?

Clique AQUI e leia
este livro na íntegra.
Alguns, com ironia, exigem a devolução do dinheiro que pagaram pelo meu livro "As Ideias Conservadoras". Curiosamente, nenhum deles leu o subtítulo: "Explicadas a Revolucionários e Reacionários".

Não há nada de conservador em Trump ou Le Pen. Ambos são exemplos vivos da "mente naufragada". Ambos defendem um passado - de proteção econômica, fechamento nacional e isolamento internacional - que nunca existiu como modelo de perfeição.

São reacionários porque incapazes de pensar os problemas do presente sem recorrer ao "era uma vez..." que é típico de crianças, não de adultos.

O conservadorismo é uma ideologia de imperfeição humana, não de arrogância epistemológica. É uma ideologia que procura preservar o que é válido no presente recorrendo aos instrumentos tangíveis desse presente - e não a fantasias sobre o passado.

Perdi leitores, mas é provável que alguns tenham ficado no barco. Bem-vindos. Até porque a "mente naufragada" está, ela própria, condenada ao naufrágio.

Revelações de um Presidente*

Alexandre Garcia entrevista João Figueiredo
TV Manchete, 23 jan. 1985
Por Ana Mônica Jaremenko*

Tem circulado das redes sociais trechos de uma entrevista do então Presidente João Figueiredo (1985) ao jornalista Alexandre Garcia, ainda na extinta TV Manchete.

Com uma nova perspectiva, encontro nesse vídeo um resgate de uma parte da História do Brasil que tem sido deturpada pelas mídias e pelas escolas. Enxergo nessa entrevista um homem preocupado com o Brasil, com a ética na política, com a democracia, com a verdade.

Para evitar dúbias interpretações, haja vista "texto fora de contexto pode virar pretexto", resolvi publicar o vídeo na íntegra. Assim, quem resolver assistir poderá tirar suas próprias conclusões.

Alexandre Garcia entrevista João Figueiredo
TV Manchete, 23 jan. 1985.
Clique na imagem e assista ao vídeo.

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Os jacobinos da “nova direita”*

Por Bruno Garschagen*

“O Brasil está dividido” é o mantra dito e repetido desde a eleição presidencial de 2014, aquela que submergiu o país no dilema marxista: a farsa ou a tragédia. Será verdade? A minha resposta é longa e repleta de argumentos irrefutáveis: não.

O país não está dividido em termos ideológicos, pelo contrário. O país encontra-se ideologicamente fragmentado. Há os socialistas, há os antissocialistas e há um grupo cada vez mais numeroso que, mesmo que combata o socialismo, não se limita a essas duas categorias políticas (conservadores, liberais, libertários). O problema é a estridência com que ambos (socialistas e antissocialistas) trocam afagos e carícias. O ruído que provocam dão a impressão de que são maioria. Em termos numéricos, contudo, são campeões da estupidez e da degradação de que são frutos e operários.

Por terem despertado para a política num momento de turbilhão de salitre e breu petista (obrigado, William Blake), os antissocialistas foram treinados pela própria esquerda. Por isso, reagem reproduzindo vocabulário, comportamentos, maneirismos, insultos e a mentalidade daqueles que acusam de serem inimigos. E posicionam-se contrários a qualquer tema que a esquerda converta em pauta. Se o socialista é favorável, o antissocialista é contra. Um exemplo? Cuidar do meio ambiente é tolice porque coisa de esquerdista.

Os antissocialistas insurgem-se contra os socialistas como opositores úteis, como contrários que se complementam. Há, de fato, aquilo que René Girard definiu como desejo mimético (desejo de imitação). Na ânsia de conquistar os espaços de poder hoje ocupados pelos inimigos, colaboram para instaurar a rivalidade e a violência que dizem combater. Não defendo que se combata com flores quem usa tanques de guerra, com carinho quem agride. Defendo que a reação seja vigorosa e virtuosa – sem um vício de origem que a macule. É, sim, possível, só que exige mais labor e inteligência.

O próprio mote do “nós contra eles”, bordão de dissociação extraído do texto A Nossa Moral e a Deles, de Leon Trotsky, foi estabelecido na discussão política pelo PT desde o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva e depois assimilado e transformado em hino de guerra pelos antissocialistas. Ambos os lados politizam a vida em sociedade, um por ideologia, outro por imitação, e pretendem purificar a sociedade dos adversários na busca por um mundo idealizado.

Um ponto em comum partilhado por socialistas e antissocialistas pode ser rastreado na mentalidade milenarista encontrada no século 13. O milenarismo fundamentava-se na crença segundo a qual era perfeitamente possível a um indivíduo ou a uma elite (terrena e/ou sobrenatural) instituir tão logo e repentinamente um futuro hipotético e perfeito sobre a terra.

A estrutura de pensamento e de entendimento da natureza humana dos milenaristas forjou alguns dos alicerces intelectuais dos revolucionários modernos sobre concepção de mundo e de natureza humana. A experiência intelectual e histórica do milenarismo e da escatologia revolucionária, de que foi protagonista Joaquim de Fiore, foi aproveitada por vários filósofos (Lessing, Schelling, Fichte, Hegel, Comte, Marx) e incorporada a certas ideologias políticas (marxismo, nazismo, fascismo).

O filósofo político Eric Voegelin, em seu livro As Religiões Políticas, observou que o significado simbólico do apocalipse perdurava “no simbolismo dos séculos 19 e 20, nos três estágios da filosofia da história de Marx e Engels, no Terceiro Reich do nacional-socialismo, na Terceira Roma fascista”. Portanto, milenaristas, jacobinos, nazistas e fascistas seriam membros de uma mesma família político-ideológica.

E não só.

Quando os antissocialistas mimetizam a mentalidade e a ação política do inimigo, tornam-se o espelho da perfídia. Quando advogam a purificação do Brasil do socialismo usando os mesmos instrumentos dos socialistas, reduzem a virtude do combate necessário à estatura moral e ideológica de seus oponentes. Convertem-se, assim, nos novos milenaristas, nos jacobinos da “nova direita”.


sábado, 27 de maio de 2017

FUI ENGANADA! MENTIRAM PARA MIM!*

Por Ana Mônica Jaremenko*

de Vladimir Carvalho (1984).
Estou com muitas dores, no corpo e na cabeça. Então, resolvi ficar quietinha no sofá. Aos sábados, a programação das TV's é horrível. Sem saída, mudando de canal, parei na TV Senado.

Qual não foi minha surpresa ao constatar que estava sendo exibido o filme "O evangelho segundo Teotônio Vilela", de 1984, dirigido por Vladimir Carvalho.

Qual não foi minha surpresa maior ao descobrir que FUI ENGANADA até agora! Que MENTIRAM PARA MIM, eu que me acho tão antenada!

Começo a assistir ao filme no ponto em que Teotônio Vilela está dando um depoimento, ao lado de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, justamente no momento em que ele fala para se organizar SAQUES, VIOLÊNCIA URBANA, GREVES, REVOLUÇÃO (tempo no filme: a partir de 55:32). Para quem quiser assistir ao filme e tirar suas próprias conclusões, é só clicar AQUI.

Estou de queixo caído! TEOTÔNIO VILELA, aquele que eu considerava ser o "Herói das Diretas Já 1983" na VERDADE era COMUNISTA!

As lições que tiro dessa experiência:

1- que ainda tenho muito que aprender;
2- temos que reler a História do ️Brasil, ler nas entrelinhas e contar a VERDADE a esta e às futuras gerações.

de Vladimir Carvalho (1984).

#EuSouConservadora
#EuSouAnticomunista
#LendoNasEntrelinhas


* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

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