Simplesmente Fedora precisa de sua ajuda para permanecer nas redes sociais e conta com você!

Simplesmente Fedora é um blog cristão, brasileiro, conservador, anticomunista, antiglobalista, apartidário, sem patrão, sem patrocínio. Utiliza plataforma e ferramentas gratuitas, mas precisa de telefonia e internet, que são pagas. Obrigada por sua doação!

sábado, 30 de julho de 2016

A estrutura criminosa do governo Dilma*


Por Ary Filgueira*

Lava Jato e outras investigações da Polícia Federal e do Ministério Público mostram como a presidente afastada institucionalizou a corrupção no governo federal e envolvem mais de vinte ex-ministros com desvios de dinheiro público, achaque a empresas e ameaças a testemunhas.

Clique AQUI para ler mais sobre o assunto na matéria publicada pela Revista ISTOÉ e entender os infográficos abaixo.

Infográfico 1

Infográfico 2

Infográfico 3

segunda-feira, 25 de julho de 2016

MEGA MANIFESTAÇÃO 31/07/2016, 14h*

Praça Tamandaré, Goiânia, Goiás, Brasil.
Por Ana Mônica Jaremenko*


* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

Um aviso de C. S. Lewis*

Clive Staples Lewis
29 nov. 1898 - 22 nov. 1963
Por Édson Camargo*

"A civilização parece ser a invenção de uma espécie agora extinta."
Nicolás Gómez Dávila

Há uma plena percepção do que é certo e do que é errado na consciência humana, e este é um dado universal, confirmado na análise e na história dos povos e de suas culturas. Comparam-se os padrões e preceitos, e lá está ela: uma lei eterna que a razão humana apreende. Dela falou o apóstolo Paulo: “a obra da lei escrita em seus corações” (Rm. 2:14-15). Ele não falava de cristãos, mas dos gentios, e por extensão, de todo e qualquer homem.

Da presença dessa lei natural na consciência humana falaram Tomás de Aquino, Calvino, e outros grandes teólogos e filósofos cristãos. Uma abordagem interessante é a de C. S. Lewis em ‘A Abolição do Homem’, no qual chamava essa lei natural de ‘Tao’ e aponta, citando sábios de diferentes civilizações e ciclos históricos, para a presença manifesta da defesa dos mesmos princípios morais. São chineses, egípcios, indianos, gregos, judeus, babilônicos, nórdicos, saxões. Todos em plena concordância. As diferenças existem, obviamente, mas há, sim, um grande núcleo comum de princípios.

Antes que o militante laicista venha com aquela conversinha mole de que “não preciso ser religioso para ser bom", aviso: nunca surgiu uma grande cultura, uma grande civilização, sem uma religião forte. E a queda do Império Romano foi, antes de tudo, a queda de uma cultura que desprezou seus princípios fundantes. Dali, o ocidente cristão floresceria; encerrava-se o ciclo greco-romano e pagão. T. S. Eliot tratou dessa relação indissociável entre religião e cultura em suas ‘Notas para uma Definição de Cultura’. A própria decadência desta Europa tida como pós-cristã e supostamente multiculturalista, mas que vai se islamizando a cada dia é um exemplo disto, visível para qualquer observador sensato. E tem mais. O próprio C. S. Lewis, em 'Cristianismo Puro e Simples' desenvolveu um argumento para a própria existência de Deus com base na moralidade. Se não existisse uma lei moral universal, discordâncias morais não fariam sentido; necessariamente, essa lei moral universal exigem um Legislador Moral, que deve ser perfeitamente bom, justo, e preocupado com a conduta moral humana.

Resumindo: o mal te incomoda? Pois bem. Não haveria sede, se não houvesse a Água da Vida.

Um dos mais graves problemas de nossa época, advindo da total imanentização do pensamento, dessa tentativa, sobretudo iluminista, de restringir o conhecimento humano àquilo que é meramente material, é essa rejeição não só da origem espiritual da moralidade, como do Legislador, Deus; e daí, o corolário, com suas implicações terríveis para a sociedade: o desprezo a todo este vasto campo comum da percepção plena dos princípios éticos universais. Muito tem sido feito, e muito dinheiro tem sido gasto para se destruir essa percepção, e a revolução cultural promovida sobretudo pela Nova Esquerda nas últimas décadas é o mais notório empreendimento neste sentido. A conquista da hegemonia cultural por parte do movimento comunista tinha, já entre seus principais proponentes, Antonio Gramsci, esse objetivo declarado: a modificação do senso comum. Não é preciso dizer que tais revolucionários viam a fé cristã como seu principal inimigo. E que há mesmo entre cristãos pessoas apoiando esse projeto, e poucos se escandalizem com isso, eis um fato que evidencia o quanto estamos mergulhados neste processo revolucionário.

Aborto, gayzismo, feminismo, sexo livre, liberação das drogas e a manipulação da linguagem com o ‘politicamente correto’ (aguardem o infanticídio e a pedofilia, que virá disfarçada de “sexo intergeracional” ou coisa assim). Tudo isso foi programado. Não só para caçar e incriminar os cristãos e todo aquele que invoque princípios morais universais, mas para negar fatos elementares da condição humana. Para transformar todo e qualquer ser humano num robô dócil e obediente aos mentores desse novo totalitarismo, que é sutil, hedonista e idiotizante, elaborado pelos típicos intelectuais modernos que pretendem não só remodelar a humanidade conforme seus umbigos, mas também dominá-la.

Para concluir, deixo um trecho de ‘A Abolição do Homem’ (Martins Fontes, 2005), livro no qual C. S. Lewis também tratou brilhantemente das consequências da rejeição a essa lei natural gravada no coração dos homens, e que tem, na atualidade, sobretudo nas classes políticas, artísticas, e intelectuais dominantes, seus opositores mais fanáticos.

"Nos sistemas antigos, tanto o tipo de homem que os educadores pretendiam produzir quanto seus motivos para fazê-lo estavam prescritos pelo Tao — uma norma que sujeitava os próprios professores e frente à qual não pretendiam ter a liberdade da transgressão. Não reduziam os homens a um esquema por eles estabelecido. Transmitiam o que tinham recebido: iniciavam o jovem neófito nos mistérios da humanidade que a todos concernia. Exatamente como as velhas aves ensinando as novas a voar. Mas isso vai mudar. Os valores agora são meros fenômenos naturais. Juízos de valor serão produzidos no aluno como parte do condicionamento. Qualquer que seja o Tao, ele será o produto, e não a razão, da educação. Os Manipuladores se livraram disso tudo. É mais uma parte da Natureza que eles conquistaram. A origem última de toda ação humana já não é, para eles, algo dado. Eles a têm sob seu domínio —tal como a eletricidade: é função dos Manipuladores controlá-la, não obedecer-lhe. Sabem como produzir a consciência e decidem qual tipo de consciência irão produzir. Estão fora desse processo e acima dele. Pois estamos chegando ao último estágio da luta humana contra a Natureza. A última vitória foi obtida. A natureza humana foi conquistada e conquistou qualquer que seja o sentido que essas palavras possam ter agora. Os Manipuladores, nesse ponto, estarão em condição de escolher que tipo artificial de Tao irão impor à raça humana, segundo as razões que lhes convierem."

(Artigo inspirado numa das últimas aulas de Olavo de Carvalho em seu Seminário de Filosofia, na qual o filósofo discorre sobre as questões tratadas no artigo 'Já notaram?'.)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A verdadeira conquista*

Por Janaína Paschoal*

Janaína Paschoal
O processo de impeachment continua em curso, em procedimento muito mais minucioso e garantista que aquele previsto pela lei e aplicado ao ex-presidente Fernando Collor.

De fato, muito embora a defesa insista na infundada tese do golpe, não há como deixar de reconhecer que nenhum outro mortal teve assegurada a benesse de ouvir quarenta testemunhas de defesa e enviar carta para ser lida no momento do interrogatório.

Regalias a parte, o importante é que a produção probatória deixou evidente que os crimes de responsabilidade atribuídos à Presidente afastada foram mesmo praticados, valendo destacar que até as testemunhas de defesa confirmaram os delitos. Isso sem contar a perícia, pela qual a defesa tanto brigou.

Conforme aduzimos em audiência, fosse verdade que a perícia exculpara a denunciada, não haveria razões para a defesa questionar e confrontar tanto os peritos, seja oralmente, seja por escrito.

A esse respeito, importante lembrar que enquanto a acusação não apresentou nenhuma objeção ao laudo pericial, a defesa deduziu mais de setenta impugnações; e ao passo que a assistente técnica da acusação corroborou as conclusões do laudo, o assistente técnico da defesa (que é advogado de Dilma Rousseff junto ao TCU), redigiu 90 páginas, criticando o laudo pericial.

Não obstante, o PT continua alardeando que o processo teria demonstrado a inocência da denúncia. Nota-se que tal grupo continua acreditando que uma mentira repetida muitas vezes se transforma em verdade. Infelizmente, por muitos anos, essa terrível estratégia deu certo; porém, não mais!

Impossível antecipar como será o julgamento político; entretanto, sob o ponto de vista jurídico, a única decisão possível será mesmo a condenação.

Mas o que me estimula a escrever este pequeno texto, hoje, aproveitando o precioso espaço no Senso Incomum, é uma preocupação, que desejo dividir com os leitores.

Como todos sabem, eu não tenho Facebook e também não tenho Twitter, situação que, muitas vezes, me deixa um pouco alienada relativamente ao que ocorre no mundo virtual. Sempre que aparece um Twitter fake em meu nome, eu digo para mim mesma que vou criar um oficial, mas as obrigações se sucedem e eu nunca tomo uma providência a respeito.

No entanto, os muitos amigos que fiz, desde que apresentei a denúncia em face da Presidente, têm escrito, denunciando que os apoiadores do PT estão recrudescendo o discurso, fazendo crer que ações pouco ortodoxas poderão ser adotadas.

Eu preferi não assistir os tais vídeos, mas os relatos coincidem com correspondências que tenho recebido e mesmo com o ataque que sofri no aeroporto de Brasília, curiosamente compartilhado e elogiado, na página oficial do PT.

Pois bem, àqueles que comungam das minhas convicções, eu peço: calma!

Estamos em um gigantesco processo de depuração, estamos armados com a Constituição Federal e a lei. Há um ano, ninguém acreditava que conseguiríamos o que estamos conseguindo.

Como eu já disse e reitero, estamos operando uma revolução sem armas e sem sangue. Mais do que a própria perda do poder, esse fato incomoda. Daí o acirramento dos discursos. É desesperador perder o poder para pessoas que não querem nada além de fazer valer o que é certo.

Sujeitos que estavam acostumados a negociar, a lidar com a ambição, a vaidade e o medo; repentinamente, são convidados a enfrentar a palavra e o ordenamento jurídico. Eles estão sendo obrigados a lidar com a verdade.

Caros leitores, quando forem provocados, instigados, ofendidos e até ameaçados, respirem. Lembrem que nós somos 90 (noventa) por cento da população. A imensa maioria que trabalha, gera emprego, paga impostos e não quer nada além de um país mais justo, inclusive, para os filhos dos 10 (dez) por cento que nos atacam.

Essa revolução só surtirá efeitos se for operada pelos métodos corretos. Em oposição aos discursos de ódio, nós fazemos um discurso de amor, primeiro, às pessoas, em segundo lugar, à Pátria.

Em resposta à doutrina da cisão, nós pregamos a união. Para mostrar que não é verdade que as mudanças só ocorrem pela violência; precisamos, aos poucos, convencer os mais jovens que são os livros que fazem toda a diferença.

Já perdi a conta do número de e-mails, cartas e mensagens que recebi, desde que o processo de impeachment se iniciou. Grande parte dessas correspondências vem de jovens. Até uma criança de 8 (oito) anos me escreveu.

Esses jovens têm dividido comigo suas aspirações e, invariavelmente, escrito que voltaram a confiar no Brasil. Muitos decidiram estudar Direito, outros tantos se sentem estimulados a entrar na política, pois passaram a acreditar que pessoas honestas também (e principalmente) devem trilhar esse caminho.

Fazer nascer esse sentimento já me torna uma vitoriosa. Por anos, a fio, vi nossa juventude beber e se drogar, sem perspectiva e sem rumo. Os partidários do materialismo, que tem imperado nas últimas décadas, construíram teses jurídicas para referendar essa alienação, tão interessante para grupos oportunistas e ditatoriais, que querem se manter no poder a todo custo.

Para libertar nosso país desses grupos, temos que manter a mente limpa, temos que incentivar a leitura dos clássicos, o estudo, para que nossos jovens, no futuro próximo, estejam preparados para ocupar os cargos importantes e reconstruir a nação.

Tudo o que nossos algozes querem é que nos percamos em brigas, em disputas, em confrontos estéreis.

Olhem para a Venezuela. Lá, para justificar a prisão de líderes pacíficos, desordeiros foram infiltrados, visando estabelecer a luta.

Seja por força do que é ético, seja por inteligência, peço àqueles que estão comigo que não entrem no jogo de quem quer nos desestabilizar. Se assim procedem é porque estão perdendo.

Se for difícil deixar de revidar, saiam da rede; desconectem. Deixem que falem sozinhos.

É hora de focar no positivo! E o positivo é um país de almas e mentes livres.

Que esbravejem no mundo virtual! Nós estamos mudando o mundo real!

Janaina Conceição Paschoal, com muito amor ao Brasil.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Rio 2016 quebra recorde de uso de preservativo: 42 preservativos por atleta*

Chitra Ramaswamy*

O número de preservativos fornecidos aos atletas sugere que a reputação da Vila Olímpica como um foco de atividade sexual é bem merecido. Esse é realmente o caso?

A dezessete dias do início da competição, 10.500 atletas, 33 locais, e 450.000 preservativos. Isso é a quantidade de "camisinhas"(pequenas camisas em gíria brasileira) que estão sendo fornecidas pelo Comitê Olímpico Internacional para os Jogos de Verão Rio 2016. Quarenta e duas por atleta para ser mais específico, o que, mesmo para os padrões Olímpicos, é um exagero.

Bem-vindo aos Jogos Olímpicos mais promíscuos na história. A distribuição de 350.000 preservativos, 100.000 preservativos femininos e 175.000 pacotes de lubrificante para a Vila Olímpica do Rio - alojamentos de atletas, condomínios, lojas, bares, e clubes - é três vezes maior do que os 150.000 preservativos distribuídos em Londres 2012, o que levou tablóides ingleses a divulgarem que foram "os jogos mais promíscuos de todos os tempos".

"Esta é absolutamente a maior distribuição de preservativos", admite Zac Purchase, medalhista olímpico, que se aposentou do remo em 2014 e competiu em Londres e Pequim. "Mas é tudo tão longe da realidade, mais do que se pensa. Uma Vila Olímpica não é um caldeirão de atividade sexual. Estamos falando de atletas que estão focados em produzir o melhor desempenho de suas vidas".

Então, por que eles precisam de 450.000 preservativos? A distribuição recorde para o Rio é justificada pelo fato de os preservativos femininos estarem sendo doados pela primeira vez. O vírus Zika, que se espalhou por todo o Brasil e que tem dominado as discussões sobre os Jogos Olímpicos, não está sendo cotado como uma razão, mas atletas britânicos têm sido orientados sobre o assunto e a equipe australiana vai chegar munida com preservativos antivirais para fornecer proteção extra.

A estatística de distribuição de preservativos começou em Seul, em 1988, quando 8.500 preservativos foram distribuídos para os atletas e relatos de preservativos encontrados nos telhados de residências da Vila levou a Associação Olímpica a proibir o sexo ao ar livre. Desde então, o número de preservativos fornecidos deu um salto digno de medalha de ouro na ginástica: para 90.000 em Barcelona 1992, considerando tímida a distribuição de 15.000 unidades em Atlanta 1996. Em Sydney 2000, os organizadores australianos distribuíram 70.000 preservativos, sendo que mais 20.000 foram trazidos pelos turistas. Em Atenas 2004, a Durex doou 130.000 preservativos "para suavizar o desempenho da elite desportista do mundo na arena e sob as cobertas".

Esse assunto tem permeado a reputação da aldeia olímpica como uma espécie de Woodstock louca por sexo para os atletas. De acordo com o ganhador da medalha de ouro da Austrália em tiro ao alvo Mark Russell, é "o lugar mais testosteronado na terra". Em Londres 2012, Grindr caiu entre os atletas finalistas, e em Sochi 2014, a campeã feminina olímpica de snowboard observou que "o fogo sexual na Vila Olímpica é próximo nível". Depois de Pequim 2008, uma tenista de mesa divulgou os segredos do "fest sex" e da "liberação vulcânica do hedonismo reprimida", que aparentemente acontece quando milhares de atletas no topo de seu jogo se reúnem. (Para que você possa saber ... não estão eles também exausto?) "É um lugar calmo durante a competição", insiste Zac Purchase. E depois? "Há um monte de celebração, mas  muito controladas".

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A Bíblia, o Cristão e a Política (1)*


Por Ana Mônica Jaremenko*

Esta semana, este artigo completa seis anos desde que foi publicado pela primeira vez no Blog Família Abençoada Jaremenko e continua atual. Publico-o aqui hoje somente acrescentando assuntos (5) discutidos atualmente no Congresso Nacional visando manter a contextualização.

O convite para colaborar com o Blog Cristãos Que Protestam muito nos honra e tem tudo a ver começar essa colaboração falando sobre "Blíblia, cristão e política".

********************

O que diz a Bíblia sobre o cristão e a política? Vamos refletir sobre o assunto?

Muitos dizem que "religião e política não se discute". Alguns dizem até que o cristão não deve se envolver com política, que político é tudo igual, que quem é honesto vira desonesto ao se envolver com política, etc.

Recentemente, o envolvimento de igrejas com o processo sucessório político-administrativo tem sido crescente. O Estado brasileiro é laico, isto é, livre de religião, sendo esta de livre escolha dos cidadãos. Sendo assim, a Igreja não deve se intrometer em política, nem a política nos atos da Igreja.

Porém, quanto aos cristãos, estes não perdem a cidadania ao professarem sua fé. Continuam sendo contribuintes de impostos. No Brasil, são obrigados a prestarem o serviço eleitoral. E sofrem, como qualquer pessoa, as consequências dos atos e decisões político-administrativas.

¶5 Recentemente, têm sido discutidos, no Congresso Nacional, assuntos que dizem respeito diretamente às famílias. Casamento entre pessoas do mesmo sexo, adoção de crianças por casais homoafetivos, intervenção do poder público quanto ao modo como os pais devam disciplinar seus filhos, descriminalização das drogas, escola sem partido, ideologia de gênero, Base Nacional Curricular Comum (BNCC), etc.

Ora, a família é a base da sociedade. E as igrejas cristãs têm a família como Projeto de Deus. No mínimo, ignorar os fatos políticos é, de certa forma, omissão.

Se reportarmo-nos à Bíblia, encontraremos exemplos fortes de homens e mulheres de Deus que se envolveram no processo político-administrativo de seu tempo. Abraão, já nos primórdios bíblicos, assentava-se com reis e decidia sobre a divisão política do Oriente Médio. José teve status de Primeiro-Ministro no Egito Antigo. Moisés é considerado o legislador do povo hebreu. Houve o período dos Juízes, com Débora, Gideão, Jabez e outros. Samuel aconselhou os primeiros reis de Israel, Saul e Davi. Salomão foi considerado o rei mais sábio, em sua época. Daniel foi conselheiro de reis dominadores do povo hebreu. O que não dizer de Ester, Esdras, Neemias, que não foram omissos, mas se posicionaram em favor de seu povo. Os apóstolos Pedro e Paulo não perdiam a oportunidade de falar aos poderosos de seu tempo.

Não seriam estes exemplos suficientes para nos convencer de que homens e mulheres de Deus não só podem como devem se envolver com política? Alguém já disse que "quem não se envolve em política porque não gosta é dominado por aqueles que gostam e se envolvem". A quem recorreríamos em favor do povo cristão quando estes se vissem privados de seus direitos como cidadãos?
* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

sábado, 9 de julho de 2016

A reta final do impeachment e a lembrança dos pecados de Dilma*

Por Ana Mônica Jaremenko*

Estamos em um momento delicado e perigoso para o futuro de nosso país. Enquanto a população, confiante na vitória do impeachment, se acomoda, Dilma, Lula, PT & Cia avançam confiantes no retorno de Dilma Rousseff ao Planalto.

Royal Tulip Hotel, Brasília, DF, Brasil
Lula voltou a se hospedar no Royal Tulip Hotel, em Brasília, fazendo de sua suíte um verdadeiro bunker, negociando descaradamente com Senadores sobre a votação final do impeachment. Segundo minhas estatísticas, até o momento, temos 43 Senadores declaradamente a favor do impeachment, 12 indecisos e 26 definitivamente contra o afastamento da Presidente Dilma. Temos que levar em conta que, entre os indecisos, é sabido que alguns só se declaram assim por força das circunstâncias, mas é notório que seus votos serão favoráveis ao afastamento definitivo da ré.  Porém, isso em nada contribui para aliviar as expectativas de quem não quer Dilma de volta ao Palácio do Planalto.  Para que isso aconteça, são necessários 54 votos e, matematicamente, estamos em um limite muito tênue. Bastam dois desses indecisos para o processo de impeachment morrer na praia.

Estamos na reta final e chegou o momento de uma reação forte de nossa parte, os que queremos o PT fora do Poder. É hora de novamente lembrar aos Senadores quais os reais motivos fundamentados na Lei que mais que justificam a aprovação definitiva do processo de impeachment. Momento também de lembrá-los que aqueles que se sujeitarem a trocas de favores, numa clara demonstração da prática de corrupção, seja ativa ou passiva, será lembrado pelos eleitores.

Então, façamos uma revisão dos 7 CRIMES DE DILMA ROUSSEFF** - OS 7 PECADOS CAPITAIS.

Clique AQUI e ouça no YouTube a leitura da SÉRIE 7 PECADOS em PKK | SÉRIE 7 PECADOS – OS CRIMES DE DILMA ROUSSEFF.

Clique AQUI e ouça no SoundCloude a leitura da SÉRIE 7 PECADOS em PKK | SÉRIE 7 PECADOS – OS CRIMES DE DILMA ROUSSEFF.

1. CRIME DE RESPONSABILIDADE
  • Obstrução da Justiça I - Diálogo Dilma/Lula e atos da nomeação.
Em diálogo mantido entre a presidente e o antecessor em 16 de março de 2016, Dilma disse a Lula que enviaria a ele um “termo de posse” de ministro para ser utilizado “em caso de necessidade”. A presidente trabalhava ali para impedir que Lula fosse preso antes de sua nomeação para a Casa Civil. Os atos seguintes corroborariam o desejo de Dilma de livrar Lula dos problemas com a Justiça. Enquanto o presidente do PT, Rui Falcão, informava que a posse de Lula só ocorreria seis dias depois, em 22 de março de 2016, o Planalto mandava circular uma edição extra do Diário Oficial formalizando a nomeação.
  • Obstrução da Justiça II - Nomeação do Ministro Navarro.
O ex-Senador Delcídio do Amaral (PT/MS) afirmou em delação premiada, revelada pela Revista ISTOÉ, que a presidente Dilma Rousseff, numa tentativa de deter a Lava Jato, escalou-o para que ele fosse um dos responsáveis por articular a nomeação do Ministro Marcelo Navarro Dantas, do STJ, em troca da soltura de presos da investigação policial.
  • Obstrução da Justiça III - Compra do silêncio de Delcídio.
O ex-Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, foi escalado para tentar convencer o Senador Delcídio a não fechar acordo de delação premiada com o Ministério Pública Federal, que chegou a insinuar ajuda financeira, caso fosse necessário.
  • Obstrução da Justiça VI - Cinco ministros na mão.
O ex-Senador Delcídio afirmou que Dilma costumava dizer que tinha cinco ministros no Supremo, numa referência ao lobby do governo nos tribunais superiores para barrar a Lava Jato.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Inciso V do Artigo 6º da Lei 1.079/1950: "Opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças".

2. CRIME DE DESOBEDIÊNCIA
  • Nomeação de Lula no Diário Oficial.
Apesar de decisão da Justiça Federal que sustava a nomeação do ex-presidente para a Casa Civil, Dilma fez o ato ser publicado no Diário Oficial da União.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Artigo 359 do Código Penal: "Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa".

3. CRIME ELEITORAL
  • Abuso de poder político e econômico na campanha de 2014.
Dilma é acusada em ação no TSE de se valer do cargo para influenciar o eleitor, em detrimento da liberdade de voto, além da utilização de estruturas do governo, antes e durante a campanha, o que incluiria recursos desviados da Petrobras.
  • Caixa 2.
A Polícia Federal apontou no relatório de indiciamento do marqueteiro do PT João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, que o casal recebeu pelo menos R$ 21,5 milhões entre outubro de 2014 e maio de 2015 - período pós reeleição da presidente Dilma - do “departamento de propina” da Odebrecht. Isso reforça as suspeitas de caixa 2 na campanha, descrita no Código Eleitoral como “captação ilícita de recursos”.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Art. 237, do Código Eleitoral: "A interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos com cassação e ineligibilidade".

4. CRIME DE RESPONSABILIDADE FISCAL
  • Pedaladas fiscais
A Presidente Dilma incorreu nas chamadas “pedaladas fiscais”, a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária. A manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

ENQUADRAMENTO LEGAL

Inciso III do Art. 11 da Lei 1.079/1950: "Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal".
  • Decretos não numerados.
A chefe do Executivo descumpriu a lei ao editar decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso. Foram ao menos seis decretos enquadrados nessa situação.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Inciso VI do Artigo 10 da Lei 1.079/1950: "Ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal".

5. EXTORSÃO
  • Ameaças para doação de campanha.
Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, afirmou ter pago propina à campanha presidencial em 2014 porque teria sido ameaçado pelo Ministro Edinho Silva, então tesoureiro de Dilma, de ter obras canceladas com o governo. Há uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra Dilma para apurar o possível achaque.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Artigo 158 do Código Penal: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa".

6. FALSIDADE IDEOLÓGICA
  • Escondendo o rombo nas contas.
Corre uma ação no TSE em que os partidos de oposição acusam a Presidente Dilma de esconder a situação real da economia do país, especialmente no ano eleitoral.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Art. 299 do Código Penal: "Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante".

7. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
  • Visita político-partidária.
Dilma foi denunciada na Justiça por mobilizar todo um aparato de governo – avião, helicóptero, seguranças – para prestar solidariedade a Lula em São Bernardo do Campo (SP), um dia após o petista sofrer condução coercitiva para prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito da Operação Lava Jato. O próprio ato de nomeação de Lula na Casa Civil pode ser enquadrado neste crime.

ENQUADRAMENTO LEGAL

Art. 11 da Lei nº 8.429/1992: "Constituti ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições".

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Como surgiram os intelectuais de esquerda no Brasil ou a Sociedade dos Poetas Aproveitadores*


Por Ana Mônica Jaremenko*

Não resisti à paráfrase. Mas vou explicar. Em 13 de março de 1964, o Presidente João Goulart, comunista de carteirinha, anunciou em comício no Rio de Janeiro um programa de reformas em que tomaria medidas extremas, o que ele chamava de "reformas de base". Ele assinara o Decreto da "Supra", desapropriando terras, encampando refinarias particulares de petróleo, anunciando o monopólio da Petrobrás, tabelamento de aluguéis e reforma da Constituição. Dizem que havia cerca de 130 mil cidadãos assistindo ao comício, que era retransmitido a todo volume na Praça da Sé, em São Paulo.

Segundo o Jornal do Brasil, edição do dia seguinte, senhoras paulistas rezavam um terço nos degraus da Catedral da Sé, pedindo proteção a Deus contra a ameaça comunista no Brasil. Estudantes da Universidade Mackenzie manifestaram-se contra a encampação da Refinaria de Capuava, anunciando um movimento de protesto contra o decreto.

A sociedade civil começou então a pedir a deposição do Presidente da República. A primeira dessas manifestações ocorreu em São Paulo, a 19 de março, no dia de São José, considerado pela Igreja Católica padroeiro da família. A manifestação paulista contava com organizações femininas como a Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), a União Cívica Feminina, a Fraterna Amizade Urbana e Rural, entre outras entidades, e recebeu apoio da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. Participaram do evento cerca de 300 mil pessoas. A Marcha, como foi chamada, começou na Praça da República, finalizando na Praça da Sé, com a celebração da missa "pela salvação da democracia" e distribuição do Manifesto ao Povo do Brasil, convocando a população a reagir contra Goulart.

A iniciativa da Marcha da Família repetiu-se em outras capitais mesmo após o Senador Áureo de Moura Andrade declarar vaga a Presidência em 2 de abril de 1964, o que as tornou conhecidas como "marchas da vitória". A marcha do Rio de Janeiro, articulada pela Camde, levou às ruas cerca de um milhão de pessoas no dia 2 de abril de 1964.

Ora, toda essa informação está historicamente documentada. Minha pesquisa foi no acervo digital do Jornal do Brasil na Biblioteca Nacional, no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas e em artigos e declarações de jornalistas e observadores da época. Ao final desse artigo, colocarei as fontes confirmando os fatos.

Segundo Stephen Kanitz, o povo comemorava o fim da ameaça comunista. Os militares não tinham interesse de se perpetuarem no Poder. Pensavam que seria um governo interino até as próximas eleições, respeitando o calendário eleitoral natural.

Os intelectuais da época apoiavam todo esse desenlace. Então, você que está lendo deve estar se perguntando: se o povo se manifestou em massa pela deposição de João Goulart e comemorava com marchas da vitória, o que fez com que mudassem de opinião?

A Constituição vigente à época era a de 1946, que trazia em seu artigo 203 o mesmo artigo 113 nº 36 da Constituição de 1934, com o seguinte texto:
“Nenhum imposto gravará diretamente a profissão de escritor, jornalista ou professor”.
Kanitz diz que os militares cometeram seu maior erro ao promoverem a Emenda Constitucional nº 9 de 22 de julho de 1964, aprovada 81 dias depois, passando a obrigar todo jornalista, escritor e professor do país a pagar imposto de renda, algo que nenhum deles fazia desde 1934.

Em minha leitura desse ponto, achei estranho esse artigo, haja vista ele ir de encontro ao nº 1 do mesmo artigo onde estava escrito que
“Todos são iguais perante a lei. Não haverá privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, profissões próprias ou dos pais, classe social, riqueza,crenças religiosas ou idéias políticas”.
Como então jornalistas, escritores e professores gozavam de privilégios que o restante da população não tinha? E não era só isso não. Jornalistas tinham desconto de 50% em passagens aéreas, não pagavam imposto predial, imposto de transmissão, imposto complementar, tinham isenção em viagens de navio, transporte gratuito ou com desconto nas estradas de ferro da União, 50% de desconto até em casas de diversões.

Esses intelectuais que haviam apoiado o Congresso e os militares na deposição do Presidente comunista, esses mesmos que usufruíam de tantos privilégios, que não pagavam imposto há 30 anos, sentiram-se traídos com a aprovação da Emenda Constitucional nº 9. Foi assim que começou o revés, a mudança de opinião, começando a influenciar a população contra Regime Militar e enaltecendo os ideais comunistas.

Assim surgiram os intelectuais de esquerda no Brasil ou, parafraseando a obra cinematográfica, inaugura-se a Sociedade dos Poetas Aproveitadores, que não querem pagar impostos, querem usufruir do bom e do melhor, curtir a vida, enquanto o resto da população banca os custos sociais. Talvez por terem assim cauterizado a razão, temos testemunhado hoje como essa intelectualidade tem reagido ao fim das mordomias com a ameaça de ficarem sem o Ministério da Cultura ou sem o financiamento da Lei Rouanet.

Como revanche, passados 50 anos do que eles denominaram de “golpe”, não vemos nenhum jornalista ou professor de História, Filosofia ou Sociologia tocar nesse assunto em suas classes. Temos inclusive que levar em conta que os jornalistas e professores de hoje não têm conhecimento dos verdadeiros fatos que são comprovados documentalmente, haja vista não terem sido ensinados na verdade.

Será que, após essa revelação, jornalistas, escritores e professores, apoiadores do comunismo e do socialismo, formadores de opinião que são, não mudarão seus discursos? Ou continuarão seguindo a filosofia de Gerson. de levar vantagem em tudo?

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A Geração de Samuel está se levantando no Brasil?*

Por Ana Mônica Jaremenko*

Roberson Henrique Pozzabon
Ontem, parei uns instantes para assistir aos Promotores do Caso Lava Jato em duas entrevistas concedidas no dia anterior. A coletiva falando da 31ª Operação - Abismo, onde vi revelar-se o Dr. Roberson Henrique Pozzobon (anos) e a entrevista do Dr. Deltan Martinazzo Dallagnol (36 anos) ao Programa Studio I, da Globo News, falando sobre corrupção, impunidade e o brasileiro ser autor de sua própria história.

Os cidadãos brasileiros têm se admirado com a postura ética e determinada dos juízes e promotores que têm conduzido o caso Lava Jato. Uma admiração positiva em vista dos escândalos de corrupção que têm vindo à tona o Brasil.

Enquanto considero a fala e as atitudes dessa força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, lembro de uma música do cantor evangélico Fernandinho, "Geração de Samuel". A música fala de uma geração nova, verdadeira, integra e justa, espelhada no Profeta Samuel, que foi Juiz em Israel, tendo ungido a Davi como rei. Sempre ouvi e cantei essa música como uma profecia.

Chamou-me a atenção uma frase do Promotor Pozzobon. "Precisamos cada vez mais que o MP, a polícia, o judiciário e a sociedade formem uma grande rede combate à corrupção".

Deltan Martinazzo Dallagnol
Outra coisa que tem me chamado a atenção é que esses promotores que têm se destacado nesse caso têm declarado publicamente que são cristãos. Dellagnol, ao ser questionado se abraçaria a carreira política respondeu prontamente que não, mas não perdeu a oportunidade de declarar sua fé, dizendo que almeja um dia tornar-se Pastor e ainda fez menção de uma passagem bíblica. Falou sobre plantar e colher e que "a colheita é resultado de o que se planta". Sobre a corrupção sistemática e endêmica que tem vindo á tona, ao conhecimento de todos nós, ele diz que "A corrupção é pluripartidária".

Ambos, Pozzobon e Dellagnol, são unânimes em constatar que a sociedade tem que se conscientizar da mudança cultural e ética que deve acontecer nela mesma, de baixo para cima, só assim para combater a corrupção.

Observando esse grupo de operadores da lei, fico a perguntar em oração: será que a geração de Samuel está se levantando no Brasil? Espero que sim. E que essa seja a geração que fará a diferença, que seja exemplo hoje e para as próximas gerações. Que essa seja uma brisa de mudança para o Brasil.

Abaixo, o vídeo com a entrevista de Dallagnol ao Studio I, da Globo News.

"A corrupção é pluripartidária."
Deltan Dallagnol em entrevista ao Studio I,
da Globo News, 04 jul. 2016.

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

sábado, 2 de julho de 2016

Corrupção e Democracia*

Miguel Reale Júnior
"A luta contra a corrupção
não é de direita nem de esquerda.
É pressuposto da democracia
com justiça social."
Miguel Reale Júnior*

Lendo o artigo Corrupção e Democracia* do jurista Miguel Reale Júnior* no Estadão, neste sábado, 02 jun. 2016, invade-me uma sensação boa em perceber que, apesar do lamaçal de corrupção que transbordou em nossa nação, ainda há esperança para o Brasil, ainda há homens e mulheres de bem sobre esse chão. E as manifestações nas ruas clamando por moralidade da coisa pública é um sinal disso, de que o brasileiro está cansado do jeitinho e está se conscientizando de que nem sempre é bom levar vantagem em tudo. A moralização tem que acontecer também na vida privada.

Minha esperança é de que esses milhões de brasileiros que têm saído às ruas, não estejam saindo somente pelo impeachment da Presidente Dilma Rousseff ou só para manifestar apoio ao Juíz Sérgio Moro e à Lava Jato. Que não seja somente um desencargo de consciência ou uma forma de lavar a alma, mas que seja realmente uma conversão, uma mudança de atitude, mudança de paradigmas.

Este ano, ano de eleições municipais, é uma oportunidade de nós brasileiros exercitarmos essa mudança, através do voto consciente, sem barganhas. Está passando da hora do eleitor perceber que a escolha de um representante na esfera pública não deve ser para lhe auferir vantagens, nem mesmo quando parece que essas são para beneficiar a muitos. O eleitor tem que entender que o legislativo existe para legislar e fiscalizar o executivo. E que o executivo existe para executar o que está previsto na legislação. Simples assim. O que foge disso é que abre caminho para desmandos e desmoralização da coisa pública.

O voto consciente e o combate à corrupção são as ferramentas garantidoras da democracia e da justiça social.

Abaixo, o artigo de Miguel Reale Júnior*.

******************

As notícias sobre corrupção sempre transitaram na vida política brasileira. Mesmo na República Velha se reconhecia que, se individualmente os homens públicos eram honestos, o sistema era totalmente viciado para manutenção das elites no poder com o controle absoluto das juntas de votação e de apuração.

O propalado mar de lama do governo democrático de Getúlio Vargas girava em volta do financiamento do jornal Última Hora, do jornalista Samuel Wainer, pelo Banco do Brasil, ligado ao presidente, para desgosto dos concorrentes. Samuel Wainer finaliza sua importante autobiografia com o relato do início da construção de Brasília, destacando entrar, nessa oportunidade, na política brasileira um personagem que dela não mais sairia: o empreiteiro.

Com efeito, espalha-se o mal do conluio entre o prestador de serviços e o contratante, o governante, que deixa de atuar pelo interesse público para agir em benefício próprio, ao contratar mediante recebimento de vantagem adrede combinada, que será embutida no preço e, portanto, pago pelo poder público.

Essa prática se disseminou, sem partido, sem ideologia, para fins de campanha ou em proveito pessoal, no fornecimento de infraestrutura ou de bens culturais. Os volumes da corrupção passaram a ser imensos. Chegou-se ao cúmulo de ex-ministro da Fazenda da ditadura, símbolo da repressão, unir-se a ex-ministro da Fazenda do PT para arquitetarem recebimento de propina!

Fatores diferenciam, todavia, o que hoje ocorre do sucedido no passado quando denúncias de corrupção vieram à tona.

Primeiro, a corrupção sistêmica. Não apenas o aproveitamento de A ou B, mas um modo de ser do exercício da política no Brasil e em especial no governo federal. Com o PT, a corrupção passou a ser uma estratégia de manutenção do poder não apenas para irrigar o partido com meios para pagar marqueteiros e financiar eleições, mas para comprar parlamentares, cimentar alianças, garantir maiorias.

Até em municípios passou a haver a compra de vereadores pelo Executivo com a oferta de cargos em comissão a serem ocupados por apaniguados dos edis, com os quais os indicados dividiriam seus salários sem o dever de comparecer ao trabalho.

O processo do mensalão desnudou uma artimanha financeira sofisticada que levou os principais líderes do partido do governo, banqueiros e publicitários à prisão, mostrando uma combinação que extrapolava a jogada individual de levar vantagem para caracterizar uma organização criminosa.

O petrolão mostrou a reincidência, com a participação da maioria das grandes empreiteiras e industriais, comprometendo as grandes figuras da República. E ainda por cima se descobre a corrupção num Conselho de Contribuintes para amenizar ou perdoar dívidas tributárias de empresas de respeitabilidade. Até surgiu sobrepreço na administração de crédito consignado destinado a funcionários públicos aposentados, porcentual esse dividido entre ministro de Estado e o PT.

É um quadro desolador de amoralidade dominante no Brasil, a revelar a falência do interesse público. Brota a certeza de que se vai ao poder para dele usufruir em causa própria, e não para agir em prol do bem comum. Ocupa-se, com reconhecidas exceções, um cargo para tirar proveito econômico, nem mesmo por vaidade ou por ambição de inscrever o nome na História. Não: apenas o subalterno fim financeiro de enriquecer ilicitamente de forma oculta, com contas no exterior.

Mas, em contrapartida, há uma reação da sociedade jamais antes vista. Esta resposta da população nas ruas das principais cidades do Brasil, mobilizando milhões de pessoas a exigir combate à corrupção e moralização da política, é inusitada. Se os movimentos que conduziram multidões às ruas sabem não querer a corrupção, é preciso, todavia, que saibam como lutar contra ela. Por fim, cumpre decidir qual sistema eleitoral e qual regime de governo tornam viável maior controle sobre os agentes políticos.

Há medidas preventivas e repressivas diante da corrupção. Nos processos contra os corruptos é de exigir, contudo, o respeito ao devido processo legal, ou seja, ao estabelecido nas regras processuais, para não se transformar essa persecução em caça às bruxas. Nesse sentido, os processos da Lava Jato, com o cuidado tomado por seus condutores, têm respeitado os direitos de defesa, que não podem ser postergados em nome de uma justiça material moralista, com adoção de medidas com cor de vingança.

No plano da prevenção, compliance e transparência nos órgãos públicos e nos partidos políticos, bem como a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos, são medidas positivas.

Deve-se cuidar para não demonizar a política, culpando a democracia pelos males da corrupção. Na ditadura houve vários escândalos, como o Coroa Brastel, que ficaram debaixo do tapete e não havia liberdade de ir às ruas. A luta contra a corrupção não é de direita nem de esquerda. É pressuposto da democracia com justiça social.

O interesse público deve ser a única diretriz. Dessa forma é possível promover o bem da população com a aplicação da fortuna desviada, por exemplo, do atendimento à saúde dos mais pobres. Assim, se combater a corrupção alivia a alma, por outro lado alimenta o espírito público poder empreender programa de destinar o bilhão surrupiado à instalação de unidades básicas de saúde.

Por fim, há que saber, como já sublinhado, o modo de aprimorar a democracia. Na pauta, o voto distrital, a cláusula de barreira para os partidos, o semipresidencialismo ou o parlamentarismo. Há muito a fazer.

Combater a corrupção é o primeiro desafio e o impeachment de Dilma, um passo importante para a moralização da política, por ter anuído conscientemente com os malfeitos nas estatais e o descontrole das contas públicas.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

10 Medidas de Combate à Corrupção Explicadas Uma a Uma - PL 4850/2016*


Por Ana Mônica Jaremenko*

Está acontecendo no Brasil uma verdadeira guerra de informação, contrainformação e desinformação. O Ministério Público Federal (MPF) encampou a causa das 10 Medidas de Combate à Corrupção. Contudo, grupos que não têm interesse na aprovação das 10 medidas têm tentado desconstruir seu verdadeiro sentido lançando inverdades e confundindo o entendimento dos cidadãos brasileiros, tentando assim, sabotar sua aceitação popular e sua aprovação no Congresso Nacional.

Com o intuito de frustrar essa sabotagem, decidi publicar as 10 Medidas de Combate à Corrupção Explicadas Uma a Uma. Clicando AQUI você pode ler essa explicação da forma que foi proposta pelo MPF e disponibilizada no portal das 10 Medidas.

Apoie, divulgue e compartilhe as 10 Medidas de Combate à Corrupção! Não deixe que elas caiam no ostracismo ou que sua aprovação seja frustrada. Entre em contato com seus representantes na Câmara dos Deputados e EXIJA QUE O PL 4850/2016 SEJA APROVADO IMEDIATAMENTE E SEM ALTERAÇÕES.



Medida 06 | Medida 07 | Medida 08 | Medida 09 | Medida 10 |
PODKAST KOM K via SoundCloud PODKAST KOM K via YouTube |

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

FORA DA CAIXA | LINKS PARA REFLEXÃO | CLIQUE NA IMAGEM

FORA DA CAIXA | LINKS PARA REFLEXÃO | CLIQUE NA IMAGEM
Clique na imagem: Articulistas & Sites | Canais no Telegram | Canais no YouTube

Eu Apoio as 10 Medidas Contra a Corrupção!

Eu Apoio as 10 Medidas Contra a Corrupção!
Clique no banner e saiba mais.

O CANAL DE SIMPLESMENTE FEDORA FOI DELETADO DO YOUTUBE!!!

C E N S U R A D O !!!